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O senador Cleitinho usou a tribuna do Senado para denunciar o que considera serem ilegalidades no julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro no Supremo Tribunal Federal (STF). Em sua fala, o parlamentar apresentou um áudio de parte do julgamento, destacando uma série de irregularidades no processo e alegando que Bolsonaro e milhares de brasileiros estão sendo injustamente perseguidos. Cleitinho também comparou o tratamento dado ao ex-presidente com o de outros políticos, questionando a imparcialidade da justiça.
Confira detalhes no vídeo:

Durante seu discurso, Cleitinho iniciou com uma referência ao caso de Débora Rodrigues dos Santos, uma cabeleireira que está presa há dois anos sem o devido processo legal e enfrentando um julgamento em que, segundo o senador, há um consenso entre os ministros do STF para condená-la a 14 anos de prisão. Débora foi acusada de escrever uma frase do ministro Luís Roberto Barroso em uma estátua com batom, um ato que, segundo Cleitinho, é desproporcional em comparação com a situação de políticos corruptos que continuam livres.
O senador fez uma comparação entre a prisão de Débora e a liberdade de Sérgio Cabral, ex-governador do Rio de Janeiro, que, apesar de sua condenação a 400 anos de prisão, segue em liberdade e participando da vida pública. Cleitinho criticou a discrepância entre a gravidade dos crimes cometidos por Cabral, como o desvio de milhões de reais da saúde pública, e a condenação desproporcional a alguém como Débora, que ele acredita não representar uma ameaça real à sociedade.
Em seguida, Cleitinho mostrou um áudio do ministro Luiz Fux durante o julgamento da denúncia contra Bolsonaro. O ministro explicou como o entendimento do STF sobre o caso foi alterado, o que, segundo o senador, demonstra a perseguição política contra o ex-presidente. Cleitinho destacou que, apesar de Bolsonaro já não ter mais foro privilegiado por não ser mais presidente, o STF decidiu, por meio de um entendimento interno, retomar o julgamento, o que, para ele, é uma clara demonstração de que o ex-presidente está sendo tratado de maneira diferente por razões políticas.
O senador também questionou a mudança de postura do STF, mencionando que, em um primeiro momento, o julgamento seria realizado na primeira instância, mas que, devido a pressões políticas, o caso acabou indo para o Supremo. Cleitinho apelou para que o ministro Luiz Fux, que já havia pedido vistas em outros casos, fizesse o mesmo no julgamento de Bolsonaro, argumentando que o processo é uma perseguição disfarçada de justiça.
Por fim, Cleitinho afirmou que, embora não tenha o poder de decidir os rumos do julgamento, sente a obrigação de denunciar o que considera injustiça. Ele defendeu que o ex-presidente está sendo alvo de uma perseguição política com o objetivo de impedi-lo de concorrer nas próximas eleições. O senador concluiu destacando o medo que os adversários de Bolsonaro têm de sua candidatura, apontando que, se o ex-presidente for candidato, ele tem grandes chances de vencer as eleições.
A fala do senador gerou repercussão, com defensores de Bolsonaro comemorando o apoio e críticos apontando que o caso ainda precisa ser julgado dentro dos parâmetros legais, sem pressões externas.
Fonte: pensandodireita.com