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Em uma de suas primeiras intervenções no Senado em 2025, o senador Eduardo Girão usou a tribuna para destacar o baixo índice de produtividade do Senado no mês de fevereiro, um período marcado por um significativo número de sessões suspensas. Girão afirmou que, embora o mês de fevereiro tenha sido de pouca atividade no Congresso, o retorno aos trabalhos em março deveria ser visto como um momento de reflexão sobre a inatividade que, segundo ele, afetou a capacidade do Senado de representar os cidadãos e de questionar o governo.
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Durante seu discurso, o senador ressaltou que, enquanto o país enfrentava desafios econômicos e sociais, a falta de sessões no Senado resultava em uma perda para os brasileiros, que estavam sem a devida fiscalização e debate político. Girão afirmou que a paralisação das atividades legislativas prejudicava a oposição, que não teve a oportunidade de usar o Plenário para apontar falhas no governo atual, especialmente em relação a questões críticas que, segundo ele, necessitam de atenção urgente.
Para Girão, quem mais se beneficiou da inatividade do Senado foi o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Segundo o senador, a falta de fiscalização e críticas permitiu que o governo atuasse sem a pressão de um Congresso ativo e vigilante. Girão também mencionou que o Supremo Tribunal Federal (STF) foi outro beneficiado, uma vez que, na ausência de debates e contestações no Senado, suas decisões polêmicas passaram despercebidas, afetando a segurança jurídica do Brasil.
O senador fez questão de apontar uma série de ações do governo e do Judiciário que, em sua visão, seriam criticáveis, mas que não puderam ser discutidas no Senado devido à falta de sessões. Entre as questões levantadas, Girão citou o aumento expressivo dos gastos do STF e o comportamento do governo federal, como a proposta de destinar bilhões em publicidade, enquanto, segundo ele, o governo se mostrava ineficaz ao destruir estatais e realizar ações prejudiciais à economia.
Além de criticar a inatividade no Senado e a postura do governo e do STF, Girão também condenou mudanças internas no próprio Congresso, como o aumento do auxílio-refeição do Senado, especialmente em um momento de crise econômica, e a proposta de ampliação do número de deputados federais. Essas atitudes, para ele, representavam um descompasso entre os interesses da população e as ações dos políticos.
Em seu discurso, o senador também anunciou um pedido de impeachment contra o Procurador-Geral da República, Paulo Gonet. Girão argumentou que Gonet teria cometido diversas violações em sua função, especialmente no caso envolvendo o ex-assessor do governo, Mauro Cid. O senador denunciou uma série de irregularidades observadas no tratamento dado ao caso de Cid, apontando que a atuação de Gonet foi conivente com abusos cometidos por autoridades, como o ministro do STF Alexandre de Moraes.
A crítica de Girão ao governo, ao STF e à própria estrutura do Senado faz parte de uma linha de atuação mais agressiva contra o que considera abusos de poder nas instituições políticas do país. Para o senador, a falta de ação e fiscalização no Congresso contribui para a manutenção de um cenário de impunidade e para o agravamento de crises políticas e econômicas no Brasil.
Fonte: pensandodireita.com