
Evento foi considerado um fiasco, dada a ausência de representantes da mídia local
Com 53 profissionais de imprensa distribuídos em quatro emissoras de rádio, quatro jornais, três podcasts e diversos colunistas e articulistas, apenas dois profissionais de imprensa, Marcelo Oliveira e Ícaro Silva, compareceram à coletiva de imprensa convocada pelo pré-candidato a prefeito Paulo Cezar Simões (União Brasil) para a apresentação de seu candidato a vice na chapa com vistas às eleições de 6 de outubro próximo.
Considerada um fiasco pela ausência de profissionais da mídia local –a maioria contatada pelo site Gazeta dos Municípios disse não ter sido convidada-, inclusive o editor e colunistas desse site, a coletiva de imprensa serviu para apresentar o candidato a vice-prefeito na chapa do candidato carlista, o ex-vereador Roberto Torres (PDT).
Com a ausência de dois dos três postulantes ao cargo de candidato a vice-prefeito, Alfredo Menezes e a médica Mariane Mercuri, a coletiva se deu num tom de velório, sem animação e sem maiores compromissos e projetos apresentados à imprensa.
As ausências dos demais postulantes não foram justificadas, mas a escolha do ex-vereador Roberto Torres foi justificada pelo candidato a prefeito Paulo Cezar como o resultado de uma pesquisa de avaliação qualitativa e de representatividade política na cidade.
Bancário, Roberto Torres foi funcionário do Banco do Estado da Bahia (BANEB) por mais de duas décadas, tendo chegado à gerência, e atua há muitos anos no segmento hoteleiro. Tem formação em Administração (nível médio).
Na atual administração, Roberto Torres foi secretário de Serviços Públicos, chegando a exigir o cargo no início da segunda gestão de Joaquim Neto, em detrimento de Lula Prata, que pleiteava o cargo como um dos espaços do Partido Republicanos.
Porém, ao longo dos últimos três anos, Roberto Torres foi perdendo espaço na gestão, se isolando politicamente. Até mesmo na secretaria em que dirigia não gozava de prestígio. Seu trabalho foi considerado pífio e o isolamento político se deu após sua postulação à indicação de candidato a prefeito não vingar.
Preferiu romper com o grupo do prefeito Joaquim Neto e se filiou ao PDT, partido aliado do União Brasil. Mesmo depois de algumas negativas internas por parte do União Brasil e de conversas quanto à reprovação de seu nome por parte dos caciques do partido, Roberto Torres continuou em frente e agora é candidato a vice-prefeito.
Ao longo dos últimos três anos, Roberto Torres perdeu força política e não tinha mais ninguém em sua assessoria. Nem mesmo os assessores que o acompanhavam desde os tempos de banco e comércio o acompanharam na sua nova pretensão. Não tinha garantia nem mesmo de uma eleição para vereador.
Presente ao evento, a vereadora Jaldice Nunes (União Brasil), elogiou a indicação de Roberto, mas disse que apostava na indicação de uma mulher para o cargo. O que não ocorreu.
Ausentes no evento, Alfredo Menezes e a médica Mariane Mercury podem representar uma cisão no grupo do ex-prefeito, que até a convenção, marcada para o dia 1º de agosto, pode enfrentar perrengues jurídicos pelos processos que responde na justiça. Ou até mesmo depois, haja vista que as últimas decisões judiciais podem tornar o pretendente inelegível.
Mariane Mercuri: Ao final do evento foi apresentada uma foto e uma justificativa quanto à ausência da médica Mariana Mercuri, que alegou estar participando de um parto.
Alfredo Menezes: Até o final do evento não foi dada nenhuma justificativa.
Paulo Azi: patrono da candidatura de PC, o deputado federal Paulo Azi justificou sua ausência em função de sua presença em Brasília. Já retornou dos Estados Unidos depois de acompanhar a Copa América ao lado do senador Efraim.
Fonte: Vanderley Soares