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A primeira-dama do Brasil, Janja da Silva, concedeu uma entrevista reveladora na qual abordou temas que geraram bastante repercussão nos últimos meses, incluindo seu arrependimento por uma fala dirigida ao empresário Elon Musk durante o evento do G20 realizado no Rio de Janeiro em 2024. Janja explicou que seu remorso está ligado mais ao momento da declaração e ao impacto que isso causou na equipe que trabalhou intensamente para a organização do evento, e não necessariamente ao conteúdo da crítica, que mantém até hoje.
Confira detalhes no vídeo:

Ela relatou que esteve envolvida pessoalmente na estruturação do G20, destacando o esforço conjunto com diferentes países para a criação de um espaço colaborativo durante a cúpula. No entanto, a repercussão negativa de sua fala fez com que ela sentisse uma certa frustração, especialmente por prejudicar, ainda que de forma indireta, o trabalho da equipe responsável. Apesar disso, Janja reforçou que sua crítica a Musk permanece, visto que considera o empresário uma figura controversa que age como se estivesse acima de qualquer reprovação.
Outro ponto abordado pela primeira-dama foi a polêmica sobre um suposto rompimento de protocolo durante um jantar oficial com o líder chinês Xi Jinping. Janja negou veementemente que tenha quebrado qualquer regra ou agido de forma inadequada durante o encontro. Ela afirmou que estava apenas conversando normalmente, sem qualquer intenção de causar constrangimentos, e ressaltou que não é alguém que fica em silêncio ou apenas acompanha passivamente seu marido em eventos oficiais. Janja enfatizou que tem liberdade para se expressar e que nunca recebeu orientações para permanecer calada.
Durante a entrevista, Janja também falou sobre a possibilidade de ter conversado com o presidente russo Vladimir Putin para tentar interceder pelo fim da guerra na Ucrânia. Embora tenha admitido que gostaria de ter feito algo para ajudar a acabar com o conflito, ela reconheceu que esse é um assunto extremamente delicado, que exige negociações oficiais e diplomáticas, e que sabia quais eram os limites da sua atuação naquele momento.
A primeira-dama mostrou-se consciente do papel que exerce, ressaltando seu bom senso e inteligência para lidar com situações delicadas e as complexidades da política internacional. Além disso, destacou sua participação ativa em tarefas diplomáticas, evidenciada pela honraria que recebeu em 2023, a Gran Cruz do Rio Branco, uma das mais importantes condecorações da diplomacia brasileira.
Por fim, a entrevista também trouxe à tona o uso que Janja teria feito da Advocacia-Geral da União (AGU) para tentar remover publicações negativas sobre sua atuação em redes sociais, especialmente aquelas relacionadas à sua fala sobre Xi Jinping e regulação das mídias digitais. Esse ponto gerou críticas e levantou questionamentos sobre o limite entre defesa da imagem pessoal e liberdade de expressão.
A entrevista mostrou uma Janja bastante à vontade, aberta em falar sobre suas opiniões e posicionamentos, o que reforça a percepção de que ela e o presidente Lula mantêm uma parceria próxima e alinhada na forma como se apresentam ao público e atuam na esfera política e diplomática. A relação entre eles, marcada pela confiança mútua, tem sido destacada como uma das marcas da atual gestão.
Fonte: pensandodireita.com