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O advogado Jeffrey Chiquini, que defende o tenente-coronel Rodrigo Bezerra de Azevedo, um dos acusados na denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) por suposta tentativa de golpe de Estado, voltou a fazer críticas públicas contra a primeira-dama Rosângela da Silva, conhecida como Janja. As declarações foram dadas nesta segunda-feira (20/5), em frente ao Supremo Tribunal Federal (STF), onde ocorre o julgamento da denúncia contra os envolvidos nos atos golpistas de 8 de janeiro de 2023.
Confira detalhes no vídeo:

Chiquini é também autor de uma ação popular que busca esclarecimentos sobre os gastos do governo federal com as viagens oficiais da socióloga, que não possui cargo público formal. Segundo o advogado, a utilização de recursos públicos para custear as despesas da primeira-dama configura um desrespeito aos princípios constitucionais que regem a administração pública, como legalidade, moralidade, impessoalidade e eficiência.
Em sua manifestação diante do STF, Chiquini criticou o que chamou de mau uso do dinheiro público, ressaltando que os recursos utilizados nas viagens de Janja são fruto do trabalho dos brasileiros, que pagam impostos e sustentam o Estado. Ele enfatizou a indignação popular diante do que considera um gasto desnecessário e inadequado, afirmando que o povo brasileiro não deve ser tratado com desdém por autoridades que ocupam cargos públicos.
As críticas do advogado ganharam repercussão justamente no momento em que a Primeira Turma do STF analisa se deve aceitar a denúncia da PGR contra Rodrigo Bezerra e outros acusados. O tenente-coronel é apontado como participante da suposta articulação para tentativa de golpe, fato que levou à apresentação da denúncia e ao consequente julgamento.
Além de criticar os gastos públicos ligados à primeira-dama, Chiquini aproveitou para questionar a postura e a postura de figuras públicas que, em sua visão, se comportam como se fossem superiores à população. O advogado destacou que o cargo público não confere superioridade, e que o respeito aos cidadãos deve prevalecer em qualquer circunstância.
O tema das despesas com viagens oficiais da primeira-dama tem sido alvo de debates e ações judiciais, especialmente por causa da ausência de um cargo formal para Janja dentro do governo federal. Para os críticos, o custeio dessas viagens pelo erário público viola normas constitucionais que exigem transparência e responsabilidade na gestão dos recursos públicos.
A discussão sobre o papel e a atuação da primeira-dama no governo também tem gerado questionamentos políticos e jurídicos, sobretudo no que se refere aos limites para uso de recursos públicos em atividades consideradas pessoais ou não vinculadas a funções oficiais.
O julgamento no STF que envolve a denúncia da PGR contra os militares e civis acusados de participação nos atos golpistas é acompanhado com atenção pela sociedade e pelo meio político, dada a gravidade das acusações e o impacto que o desfecho pode ter nas instituições democráticas do país.
Enquanto isso, as críticas de Chiquini à primeira-dama e à gestão dos recursos públicos reforçam a pressão por maior transparência e fiscalização sobre os gastos do governo, sobretudo quando envolvem pessoas que, embora próximas ao poder, não exercem cargos públicos formais.
A ação popular movida pelo advogado ainda aguarda andamento na Justiça, e deverá continuar gerando debates sobre o uso adequado do dinheiro público e os limites da atuação de figuras ligadas ao Executivo federal.
Fonte; pensandodireita.com