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Morreu nesta terça-feira (13) o ex-presidente do Uruguai José “Pepe” Mujica, aos 89 anos. A informação foi confirmada pelo atual presidente uruguaio, Yamandú Orsi, pupilo político de Mujica e integrante da mesma corrente de esquerda que, assim como o PT no Brasil, empurrou o país vizinho para décadas de populismo disfarçado de “humanismo”.
Mujica lutava contra um câncer de estômago desde 2024. Sua esposa, Lucía Topolansky, revelou recentemente que ele já estava em cuidados paliativos.
O passado do líder uruguaio, cultuado por parte da esquerda latino-americana, foi marcado por ações violentas e ligação direta com o grupo guerrilheiro Tupamaros. Antes de virar ídolo da imprensa progressista, Mujica comandou assaltos a bancos, roubos armados e chegou a ser preso quatro vezes por atos terroristas. Foi condenado à prisão perpétua e, segundo registros históricos, só escapou da execução porque o regime militar optou por torturá-lo e mantê-lo como “refém” do Estado por 14 anos.
Solto em 1985 com a anistia, virou político e fundou o MPP, um dos pilares da esquerda uruguaia.
Na presidência, entre 2010 e 2015, adotou uma agenda radical de legalização da maconha, descriminalização do aborto e centralização do Estado, sempre com o discurso de “pobreza voluntária” enquanto surfava na imagem de homem simples. Mas sua passagem pelo poder deixou como legado o crescimento da dívida pública, aumento da carga tributária e políticas assistencialistas que se aproximam do fracasso petista no Brasil.
A esquerda brasileira, inclusive o ex-presidiário Lula, sempre o tratou como guru, ignorando convenientemente o histórico de violência.
O Uruguai é hoje um retrato do esgotamento desse modelo: segundo dados do Banco Mundial, o crescimento do país em 2023 foi de apenas 1,3%, o pior da década. Enquanto isso, a criminalidade voltou a crescer e o narcotráfico se infiltrou na política regional.
Pepe Mujica, o ex-guerrilheiro transformado em presidente, morreu como símbolo de uma esquerda que romantiza o passado violento e fecha os olhos para os danos do presente.
Fonte: Tvs1