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Na primeira entrevista após passar mais de 20 dias internado, o ex-presidente Jair Bolsonaro abriu o coração sobre diversos assuntos, incluindo os eventos que marcaram sua recuperação, como a intimação recebida no hospital. A situação gerou grande repercussão quando uma oficial de justiça foi ao quarto de UTI do hospital onde Bolsonaro estava internado, entregando-lhe a intimação do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal. O ex-presidente relatou que, no momento da entrega, sua pressão arterial estava alta, e ele se sentiu incomodado com a situação. No entanto, Bolsonaro afirmou que, embora soubesse que a oficial estava cumprindo a sua missão, a forma como a intimação foi entregue não era a mais apropriada. Durante a conversa, ele destacou que a situação de saúde dele piorou após o ocorrido, o que levou à prolongação de sua internação.
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Bolsonaro também comentou sobre o processo judicial que enfrenta, especificamente no que se refere ao suposto envolvimento em uma tentativa de golpe. O ex-presidente reiterou que a acusação de um golpe de Estado, em relação aos eventos de janeiro de 2023, é infundada e baseada em uma narrativa errônea. Ele se posicionou contra o que chamou de “tentativas de golpe” e afirmou que, em sua visão, a história estava sendo distorcida para prejudicá-lo. Ele lembrou que, durante seu governo, implementou medidas de transição com total colaboração e que, em nenhum momento, houve qualquer indício de golpe, sendo que suas ações sempre foram dentro dos limites da Constituição.
Além disso, o ex-presidente se defendeu das acusações relacionadas ao caso do INSS, mencionando a forma como foi retratado pela imprensa e destacando que suas ações estavam sempre em conformidade com a lei. Ele explicou que as medidas tomadas durante seu governo foram no sentido de corrigir falhas no sistema previdenciário e reduzir os abusos, e que qualquer alegação de corrupção deveria ser investigada adequadamente, sem distorções.
Bolsonaro também aproveitou a entrevista para criticar o tratamento dado pela imprensa, destacando que ele era constantemente acusado sem provas concretas. Ele mencionou como, em várias ocasiões, foi injustamente acusado de envolvimento em práticas criminosas, como no caso de imóveis comprados de forma suspeita ou presentes recebidos durante sua presidência, embora tenha reforçado que sempre agiu de maneira transparente.
Na sequência, o ex-presidente falou sobre sua recente conversa com representantes do governo dos Estados Unidos, incluindo o senador Lindsey Graham. Ele mencionou que os americanos estão atentos ao que ocorre no Brasil, especialmente em relação à democracia e aos processos políticos internos. Para Bolsonaro, há um interesse internacional em seu futuro político, o que inclui a pressão para que ele não retorne à presidência em uma futura eleição.
No final da entrevista, Bolsonaro se mostrou otimista, defendendo que o Brasil possui recursos e potencial para superar a crise atual, destacando a importância de sua equipe e das reformas realizadas durante seu governo. Ele também reafirmou sua disposição de seguir lutando contra o que considera ser um sistema de justiça desequilibrado, que estaria tentando interferir em suas ações políticas.
Fonte: pensandodireita.com