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Durante entrevista à Regional FM, ACM Neto fez um duro desabafo sobre a traição política que, segundo ele, virou prática comum na Bahia governada pela extrema-esquerda radical. O alvo principal foi Júnior Marabá, prefeito de Luis Eduardo Magalhães, que passou de apoiado por Neto a defensor de Lula e Jerônimo Rodrigues em questão de meses. “Esse mesmo prefeito saiu do nosso partido, sem sequer ter a consideração de me dar uma satisfação”, revelou Neto, que lembrou o apoio decisivo que deu ao político em 2020 e novamente em 2024, com estrutura e recursos do União Brasil.
“Todas as forças do governo do estado e do PT se juntaram contra ele, para tentar derrotá-lo”, contou Neto sobre a primeira eleição de Marabá. Mesmo assim, o ex-prefeito de Salvador garantiu apoio ao então aliado e, anos depois, repetiu o gesto, mesmo com divergências. “Liguei para ele, disse que o União Brasil fazia questão de participar da campanha, mandei recursos do fundo eleitoral”, disse.
Mas após a vitória, o prefeito virou a casaca, sem aviso, e correu para os braços do pior governador da história da Bahia que o combateu nas urnas. “Não é gratuitamente. A gente sabe o que está por trás disso”, alertou Neto.
Para o líder da oposição, o caso de Júnior Marabá é só mais um entre tantos que mostram a crise moral da política baiana. “Infelizmente uma parte da política não tem compromisso com a história, com os princípios, com os valores morais e éticos”, afirmou. Neto ainda criticou o fisiologismo de certos grupos, que mudam de lado conforme o vento. “Se amanhã eu chego ao governo da Bahia, todo mundo vai querer voltar. Infelizmente, a gente tem isso na política”, lamentou.
ACM Neto fez questão de marcar posição. “Eu fico com o lado da coerência, e fico principalmente com o povo”, disse, ao lembrar sua gestão em Salvador. “Coloquei as pessoas em primeiro lugar. Jerônimo coloca a politicagem em primeiro lugar e deixa as pessoas em último”.
Para ele, o PT governa há 20 anos sem projeto real para a população: “O projeto deles é exclusivamente de manutenção do poder”.
Fonte: Tvs1